segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Sacra di San Michele

Essa viagem foi incrível e a história dela seria estressante, se não fosse hilária:

Foi numa postagem aleatória de alguma página do Facebook que eu vi um castelo medieval em ruínas e como dei muita sorte da Karen morar comigo, decidimos visitá-lo. É numa cidade vizinha de Torino - chega em 30 de trem - chamada Avigliana que resolvemos nos aventurar... de bike! São cerca de 30km colocados na ponta do lápis pra chegar em umas 3 ou 4 horas, combinamos de irmos em 5 pessoas, mas no fim (1) foram só dois de bicicleta, um desistiu e eu e a gabi fomos de trem porque tínhamos aula/trabalho e não deu pra sair no horário combinado /:
Mas enfim, chegamos no nosso destino por volta de 20h e quem disse que encontramos hostel??? (2) A cidade minuscula tava tendo uma feira "di gusto" e os 2 hostels estavam lotados. Paramos numa pizzaria e o dono foi super simpático (beijos pra quem achava que todos do norte são secos e ignorantes), ligou pros hotéis pra saber se algum estava com check-in aberto -porque fechavam às 21h- e ainda deu as pizzas e pães (?) que sobraram pra gente, obrigada boa alma! Seguimos pro hotel e outra surpresa: 30€ pra passar a noite. (3) Gente, oi??? Eu só tinha levado 30€ pensando em encontrar uma emergência, então ou eu dormia lá, ou eu comia no dia seguinte e voltava pra Torino.
A Ka e o Luiz resolveram entregar o rim deles porque estavam cansados, e eu e a Gabi fomos pro lago da cidade, que nos disseram que tinha noitada e barzinhos, perfeito e problema resolvido. Só que não. (4) A tal da noitada era até a 1h da manhã, ficamos o máximo que pudemos lá, até o que garçom trocou a roupa e estava tipo, na porta já. Pra onde ir? Pra igreja, claro. Sim, dormimos na igreja, morrendo de frio, mas era a solução...
Antes de amanhecer eu e minha companheira de noitada fomos encontrar os outros no hotel e ir para a cidade de Sant' Ambrogio visitar a Sacra di San Michele. Mas (5) eu e a Gabi estávamos sem bicicletas, então fomos sentadinhas no quadro das bikes, no maior conforto da vida. Até que chegamos no começo da trilha. (6) Uma trilha impossível de subir de a pé, quem dirá de bicicleta, fomos empurrando a bike e terminamos quase empurrando um ao outro.
Chegamos ao nosso destino, deslumbrados porque ela é maravilhosamente velha e gigantesca umas 10h da manhã... (7) e a próxima entrada seria só às 14h. Não tinha restaurante, não tinha onde ficar. Já falei que tava friozinho também? Mas comemos uns sanduíches e dormimos (eu dormi, pelo menos) num banco da praça, pensando nelaa-aa-a, e subimos na igreja, tiramos nossas fotos meio correndo e precisamos voltar. De bike, sentada no quadro, claro. (8) Sem freio. Ai mãe, espero que você não leia isso, mas eu desci cerca de 1000 metros de altitude sentada no quadro de uma bicicleta sem freios. Como já dizia o Ricky, viva la vida loca, né?
Voltamos pra Avigliana, vimos o lago, o castelo em ruínas, o borgo medieval, mas só passamos mesmo por já estar ficando tarde e o cansaço batendo, mas foi indescritivelmente fantástico. Aí me pergunto como pode ter tido 8 problemas em menos de 48 horas e ter sido tão bom? Tanto que o Luiz e a Ka voltaram lá outras vezes, de outros meios, e está na minha listinha com certeza... Ainda bem que existe algum período na vida que a gente pode fazer isso :3

 
 
Saída de Avigliana rumo à Sacra di San Michele

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

100 dias!

Hoje é meu 100 dayversário e nada mais justo que citar 100 coisas italianas que já fazem parte da minha vida, são diferenças culturais -engraçadas até- que saltam aos olhos. A Itália é muito mais que pasta, máfia e pizza (assim como o Brasil é mais que futebol, mulher e praia) e fazer esse post me fez recordar de situações no mínimo inusitadas e de como é bom saber se virar do outro lado do mundo! 

Vamos lá:

1) O mês de agosto é para férias! Todo mundo vai pra praia e fecha os comércios. Cheguei em Torino na segunda metade de agosto e mal sabia eu que viveria no bairro mais movimentado e badalado da cidade, porque tudo tinha a plaquinha "chiuso per ferie", o pessoal não conhece rodízio de férias não...
2) Siesta por duas horas e meia, sem caô. Sabe quando você precisa correr ali na lojinha X comprar qualquer coisa rapidinho e aproveita os seus minutos preciosos de almoço? Aqui não existe isso;
3) Ainda falando em horários, o comércio abre tarde, umas 9:30h, fecha pra siesta, e vai no máximo até 20h. Além de alguns que fecham em algum dia da semana, sem motivo aparente. Oi, qualidade de vida;
4) Ter faxineira, babá e empregada é artigo de luxo, e pra ser babá de cachorro seu currículo tem que ser impecável;
5) Italianos fumam muito. Muito mesmo. O cigarro aqui é mais caro comparado ao Brasil, mas os italianos preferem fazer o próprio fumo, e nas primeiras vezes que vi tirarem os saquinhos e prepara-lo até me assustei achando que era outra coisa. Hahaha, coisas da vida;
6) E fumar é tão comum, que no cinema tem um intervalo durante o filme pra você fumar e ir ao banheiro. Os filmes são todos dublados independente de ser no cinema ou na TV;
7) Italiano fala alto sim, gesticula pra tudo e fala muita besteira, não é incomum ouvir com a delicadeza de um elefante "non hai capito un cazzo", mas isso não quer dizer que são grosseiros;
8) Aqui não sabe-se o que é uma fila, o normal mesmo é um aglomerado desorganizado de pessoas;
9) Casamento e maternidade acontecem mais tarde (lá pelos 30 anos);
10) E até lá dificilmente saem de casa, é muito amor pela mamma;

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Monte dei Cappuccini, da série "Do outro lado do rio"

Mais um mirante. E mais uma vista linda. Não importa quantos mirantes existam nessa cidade, cada vista que vêm, enche meus olhos. O escolhido desta vez foi o Monte dei Cappuccini, que eu ainda não entendo porque não fui antes, é talvez o mais fácil de se chegar. Mas, finalmente...

História
É fácil de localizá-lo: olhe para o outro lado do rio! Próximo ao centro histórico e principalmente à Piazza Vêneto, o morro de 283m chama atenção com sua construção, e a noite pela sua iluminação.
O monte tem nas suas raízes, fins defensivos. Só em 1581 foi entregue aos padres capuchinhos. Estes dedicam sua fé ao culto de Maria e o complexo da igreja e convento ficou pronto apenas em 1656. Reza a lenda que neste local teve um milagre eucarístico: quando os franceses tomaram a cidade e entraram na igreja para saqueá-la, uma língua de fogo subiu para proteger as hóstias sagradas. Esse evento ficou consagrado no átrio da igreja, através de uma pintura. Durante muitos anos o local foi alvo de cercos e ocupações, e danificado pela Segunda Guerra, passou por obras de restauração. 
Hoje, além da igrejinha e do convento, o Monte também abriga o Museu Nacional da Montanha.


Palazzo Madama e Casaforte degli Acaja

Há alguns sábados minha professora de italiano nos reuniu pra tomar café no Palazzo Reale e para um passeio no Palazzo Madama, um dos pontos turísticos da cidade que eu ainda não tinha ido, e apesar do frio a visita guiada valeu a pena! Eu me encontro cada vez mais nessas visitas a castelos, fortificações, ruínas, verdadeiras obras de arte... É como se eu desligasse um pouco da realidade e passasse a imaginar como era a vida daquelas pessoas, como elas passavam seus dias, mas principalmente me deslumbro com a arte dos trabalhadores, sejam eles arquitetos, pintores, escultores... O trabalho dessas pessoas, que muitas vezes não chegaram nem a ver suas obras concluídas, é tão incrível, tão completo e tão complexo que me deixam boquiaberta e cada vez com mais certeza de que escolhi a caminho certo pra levar a minha carreira!

História
O palazzo se localiza na Piazza Castello e é um complexo de dois edifícios: o Palazzo Madama barroco e o medieval Casaforte degli Acaja. O complexo é Patrimônio da Humanidade pela Unesco como parte das Residências da Casa de Saboia, desde 1997.
A parte medieval é uma antiga fortificação que passou a ser propriedade dos Saboia no século XIV, quando aumentaram a construção e a transformaram em castelo. Depois de um século, os Acaja moraram lá e foram responsáveis pela sua forma que conhecemos hoje: quadrada, com pátio, pórtico e torres cilíndricas. Com o passar dos anos, a construção deixou de ser moradia das famílias para ser casa de hóspedes e local para festividades solenes, como a exposição do Santo Sudário em 1578, por exemplo.
O Palazzo Madama, como o nome já diz, foi residência de duas senhoras regentes de duques Saboia. O arquiteto responsável pelo edifício de mármore branco em estilo barroco foi Filippo Juvarra. Este homem foi o primeiro arquiteto da corte por seu grande talento e capacidade, expressas já na entrada: uma parede alta com três grandes janelas entre colunas esculpidas e decoradas com vasos e estátuas que permitiam ao mesmo tempo uma iluminação cenográfica (devido às raízes de sua carreira) à escadaria monumental, como permitia que o povo participasse visualmente das festividades. Essa entrada barroca e chamativa não ofusca  o castelo medieval, ao contrário: serve-lhe como símbolo de poder.
Depois da morte da última senhora, o Palazzo não se tornou moradia de mais ninguém. No século XIX foram feitas escavações nas fundações e que hoje fazem parte de uma ala do Museu Cívico de Arte Antiga de Turim, que também conta com esculturas antigas, uma pinacoteca, coleção de porcelanas e exposições contemporâneas (e provisórias).


Eu já falei sobre o Palazzo Madama aqui!(;

Lembra quando eu disse que era um piscar de olhos?

Já passou da hora de eu falar como está sendo minha vida aqui, inclusive academicamente. É quase como uma obrigação, tendo em vista que não estou apenas para viajar, mas também para estudar! E apesar de eu só ter postado sobre passeios, festas, aniversários e viagens, tenho aulas de italiano desde sempre e as da faculdade começaram há 3 semanas. 
E hoje, no segundo mêsversário do meu intercâmbio, eu conto tudo:

Aulas
Eu tinha aulas de italiano todos os dias por 4 horas até começarem as aulas da faculdade, depois passou a ser duas vezes por semana de 1h30min. Minha professora é super tranquila e querida, e mesmo que eu não seja a aluna mais exemplar e mais dedicada, adoro ela e a aula. E quanto mais tá passando o tempo, mais vejo a necessidade dessas aulas... A PoliTo nos oferta esse curso de italiano, até novembro (acho), portanto as aulas são no campus central, nosso material é uma apostila que imprimimos, mas muda de acordo com o nível: tem turma que tem acesso online, etc. Tem outro lado bom, que conhecemos os coleguinhas do CsF: enturmamos, saímos e convivemos bastante logo no começo.
Já na faculdade eu não posso ser só elogios... Nós devemos escolher quais matérias queremos dentre os "sub" cursos da arquitetura: sustentabilidade, construção da cidade, restauro, ecodesign, planificação territorial (urbanismo) e projetação das áreas verdes e paisagem, mas só podemos escolher a matéria de projeto do curso que nos inscrevemos (no meu caso, restauro). De cara já escolhemos as matérias pro ano todo, fechando no máximo 80 créditos (e isso é coisa pra caraaaamba). Eu escolhi uma carga horária bem pesada para esse semestre: projeto de restauração, analise e verificação da estrutura existente, história dos jardins e da paisagem e história e crítica do patrimônio territorial; para o próximo escolhi sociologia urbana, história da arquitetura e da cidade, workshop, teoria do restauro, teoria do projeto e me inscrevi no estágio, mas é bem difícil intercambistas conseguirem. É coisa né? Mas as matérias são muito legais *-* 
As aulas tem mais de 60 alunos, e são bem demoradas, não tem aquelas de 50 minutos que eu estava mais acostumada no Brasil. aqui a minha menor é de 1h30h e projeto chega a 5 horas (3x/semana), então é bem cansativo e puxado. No meu curso (leia-se restauro e não arquitetura) tem poucos CsF, na maioria das matérias eu fico sozinha e isso tem sido um grande problema pra conseguir formar grupos nos projetos: em duas matérias os professores não deram muita opção pras equipes me "aceitarem", a receptividade pra mim não tem sido muito boa. Além de que eu não falo italiano fluente e muitas vezes entendo "palavras" da aula, daí tem que correr atrás dos livros pra não ficar tão pra trás... Pra ajudar tudo, meu computador tá dando um milhão de problemas e to com medo dele me deixar na mão, porque preciso aprender novos programas que eles usam e não posso nem levá-lo pras aulas! Resumindo, nos primeiros dias eu estava muito animada, depois vieram uns problemas de inscrição nas matérias e esses últimos, fiquei mais desanimada, mas isso faz parte do intercâmbio: sair da zona de conforto e correr atrás mesmo, não adianta ficar em casa triste e faltar as aulas... É óbvio que nessas horas bate mais ainda aquela saudade de casa, dos amigos, até de conseguir falar pelos cotovelos, haha, mas tem que dar a cara a tapa e ser feliz! :D (Louisy, escute suas palavras) 
ps: não vejo a hora de começar a falar sobre meus projetos!!!

Dia a dia
Meu novo dia a dia está cada vez mais apaixonante! Quando eu cheguei e ainda não sabia me virar, nem sabia nada da cidade, eu estava mais de boa... Mas agora, cada descoberta me faz sentir mais em casa e dá menos vontade de voltar... Torino é grande, tem lugares lindos, tem uma vida agitada todos os dias na semana (e eu não falo só de festas: feiras, feirinhas, feirões, atividades nas praças, comércio, museus, exposições, saldões, degustações...), tem tudo que a gente precisa, inclusive comida brasileira para aqueles dias de nostalgia! Já sabemos onde encontrar cada tipo de comida, o que dá pros nossos bolsos, que cartões ter, onde é perigoso e onde é tranquilo de passear, temos a noção das distâncias, onde é caro e onde é barato...
Eu particularmente moro numa localização de ouro! San Salvario é vida! Tem tudo aqui perto: meu campus da faculdade (vou de a pé e demoro uns 5 minutos), cinemas, café, kebap, pizzarias, mercado barato, feirinhas, pontos de ônibus que vão pra todos os lugares, dois pontos de metrô, é o bairro dos barzinhos, é do lado do Parco Valentino (que também é sempre o ponto de encontro das excursões) e da estação de trem Porta Nuova, e pra ir pro centro é rapidinho. Amo minha nova cidade, amo sair pra ir "ali" e conhecer uma coisa deslumbrante sem querer, amo poder andar loucamente de bici, amo ter todo dia uma história nova pra contar, uma descoberta nova pra fazer, uma palavra nova pra falar...  <3

Casa
Minha experiência de moradia aqui tem sido ótima também: amo as meninas que dividem casa comigo (confesso que no começo deu uns probleminhas) mas acho que nos entendemos e moramos bem! Gosto de chegar em casa e contar como foi meu dia, mesmo que tenha sido ruim; de achar uma comida gostosa e dividir, de mostrar o que eu comprei e aonde, e obviamente adoro ouvir as histórias e aventuras delas! Dividir casa é muito aprendizado, muita paciência, mas acho que as muitas coisas boas passam por cima! 
Ka, Carol e Tara: mesmo eu sendo a mais azedinha, amo vcs <3
Aqui nós dividimos quarto de duas em duas, mas nossa casa é relativamente grande, menos quando chamamos a galera pros nossos esquentas ou festas de aniversário, aí falta espaço, mas só pra nós 4 ela é ótima. Na verdade só a cozinha podia ser um pouco maior, haha. Temos máquina de lavar roupa, aquecedor, água quente (não é boiler), internet, máquina de lavar a louça, fogão com coifa, já tinha louças, vassouras&co, colchão e luminárias, foi só chegar e se instalar! Não pagamos tão caro, e como eu já disse no outro tópico, a localização é ótima! Posso ficar aqui? 

2 meses!
Isso mesmo, hoje já fazem dois meses que eu estou aqui! Quando eu estava no Brasil eu disse que as pessoas iriam piscar e eu estaria voltando. E tá sendo bem assim, tem tanta coisa pra fazer, tanta coisa pra aprender, tanta coisa pra pensar que o dias estão passando e não estou nem vendo! 
Mas eu quero agradecer a todos por isso tudo: Aos amigos do Brasil que torceram por mim e à minha família que me apoiou, vocês estão presentes mesmo distantes (mas já era assim aí né? Agora só tem um oceaninho no meio do caminho), é sempre muito bom receber alguma mensagem dizendo que sentem saudades, perguntando como está aqui, que foram em algum lugar e lembraram de mim, vocês não tem noção de quanto isso renova a gente que está longe! Aos meus novos amigos daqui, que são de todos os lugares, e que faria o meu intercâmbio não tão bom quanto é, senão existissem. A gente vira a família do outro, o ombro amigo, a ajuda quando precisa, a companhia pra qualquer momento! Como falei pra Gabi nesse fim de semana, como vão ser nossas vidas quando voltarmos pra casa e não ter mais esse povo todo todos os dias com a gente? /: Vocês já são muito especiais e estão pra sempre no meu coração - e olha que tem muita coisa pra acontecer!
Então, pra terminar, só quero dizer que estou muito bem, muito feliz e muito realizada! Não, eu não quero voltar, apesar de não ter escolha. Eu sonhei tanto com meu intercâmbio e mesmo com as dificuldades ele tem superado e muito minhas expectativas. Eu tenho amadurecido um pouco a cada dia, e cada experiência que eu passo e/ou vejo alguém passar só faz eu me conhecer melhor, me superar e aprender. As pessoas dizem que quem viaja volta diferente e eu já digo que sim! Com certeza! Eu já não sou a mesma que estava no dia 20/08/14 naquele aeroporto cheia de medos e ansiedade, mas ao meu ver, estou muito melhor, a gente é praticamente obrigado a crescer, a ser mais humilde, mais altruísta, regular o dinheiro (!), nos virar sozinhos, vemos o mundo com outros olhos e consequentemente passamos a pensar mais na nossa vida, nosso mundinho particular, nossa cidade, nosso país, conseguimos enxergar muita coisa de outro ângulo, temos muito contato com gente de todo canto do mundo, cada um com sua cultura, peculiaridade, experiência, ponto de vista, opinião... Como isso tudo não acrescenta a vida? Impossível! E são só dois meses...  Eu desejo a todos que tenham essa vontade, oportunidades para realizar, pois nem com mil palavras dá pra descrever!

Minha Molinha

Beijos!

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Basilica di Superga, da série "Do outro lado do rio"

Sobre a série
Hoje eu começo uma série no blog que nomeei "Do outro lado do rio" por ser justamente no lado oposto do Fiume Pó, onde eu geralmente passo o dia. Parece uma outra cidade, uma outra realidade, e que hoje, mais do que nunca, me fez muito bem! Me fez refletir sobre a grandiosidade e importância que dou às coisas na minha vida, mas também me lembrou de uma menina que se encantava fácil com a natureza e detalhes simples e que estava adormecida dentro de mim. E hoje, quando me peguei sorrindo sozinha olhando pra uma árvore, eternizei esse momento e quis homenageá-lo!

Sobre o passeio
Quando acordei, minha amiga que divide casa comigo, me convidou pra conhecer uma igrejinha em Torino, de bike. Amei a ideia, to adorando desbravar a cidade de bicicleta e visitar um lugar novo é sempre uma boa pedida. O único porém é que essa igreja fica a 10,4 km de distância de casa e é o ponto mais alto da cidade, portanto: caminho íngreme (foram 4,5km de subida, só pra constar)! Mas topei o desafio, e foi o melhor passeio de todos que já fiz na cidade... Karen: muuuuito obrigada pelo convite!

Sobre a Basílica di Superga
Existia na colina de Superga uma pequena igreja de Nossa Senhora das Graças. Em 1706 a cidade foi invadida e os líderes do exército local subiram para observar o campo de batalha, onde o duque Vittorio Amadeo II fez a promessa de que iria construir uma grandiosa igreja para a santa no mesmo lugar, caso ganhassem. Após derrotar os inimigos e libertar a cidade, o duque honrou com sua promessa e confiou a construção da Basílica ao arquiteto Fillipo Juvarra, inaugurando-a em 1731.
Visitá-la é mais do que conhecer uma igreja, pois é um belíssimo mirante de Turim e dos Alpes, no porão tem as tumbas reais da Savoy com obras de arte e no complexo do convento, ao lado da igreja, se encontram salas decoradas da família. Além do restaurante / barzinho.
Nós não visitamos os museus pelo tempo e também porque estava fechado (Horários e preços), e a vista nublada da cidade só fez a gente prometer voltar lá num dia lindo de Sol!

Agora chega de conversa e vamos ao que interessa:

 

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Castello di Racconigi - apresentação do tema

Entre as matérias que eu escolhi para a faculdade daqui está o tão esperado Atelier de Restauro Arquitetônico (falarei melhor das minhas escolhas e faculdade em outro post). Como proposta os professores nos deram o Castello de Racconigi, que fica numa cidadezinha perto de Torino (chega-se com o trem metropolitano SFM7 pra quem se interessar), que tem seus primeiros registros no ano 1000! Teve muitas transformações de acordo com os "moradores" importantes que passaram por lá como Carlo Alberto e Vitório Emanuele II e depois, III, modificando praticamente toda a forma pré existente e com a adição de cômodos. 
Desde 1997 é considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco e hoje tive o prazer de visitá-lo por dentro. Quero detalhar melhor sua história no decorrer do projeto, então vai ter mais Racconigi por aqui até o próximo semestre! Por enquanto, ficam as fotos das fachadas, do interior e um pouco do seu gigantesco parque:

O mapa (google maps) mostra a imensidão do parque em relação ao tamanho da cidade

Oktoberfest München

Final de semana passado eu fui (junto com os 100 CsF de Torino) para o maior festival de cerveja do mundo, em Munique! Fechamos 5 (ou 6) ônibus, fomos -dormindo- para o evento e chegamos às 6h da manhã morreeeeendo de frio, debaixo de uma névoa que deixou o parque com um aspecto sombrio e com tudo fechado ainda! Teve coisa ruim, mas teve muito mais coisa boa, nosso bate e volta valeu demais a pena, deixou história pra contar e gostinho de quero mais!

Eu bobona saí tão depressa de casa que deixei minha máquina pra trás, então fiz um apanhado nas fotos da galera e deu esse tantão aí. Divirtam-se e fiquem com vontade, hahaha:

 

História e localização da festa
 A alegria dos ubriache  começou em 1810 com uma festança de casamento de um príncipe e uma princesa que oferecem aos seus convidados comidas e bebidas típicas da Baviera, dentre elas a cerveja. A festa só teve pausas durante as guerras e epidemias, e são quase 200 anos de cervejada!
Apesar de se chamar oktoberfest, a festa acontece em meados de setembro pelo clima ser "mais agradável" e chover menos. Mas eu passei o dia mais frio da minha vida. 
Fica localizado na região central de Munique (Theresienwiesen) e é um parque aberto de 310 mil metros quadrados chamado de Wiesn. O acesso é livre, só controlado dentro das barracas, e tem todo tipo de ser: turistas de todas as idades, senhoras e senhores, crianças, cachorros...

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Mais um passeio por Turim

Assim que voltei da Venaria tinha que encontrar dois casais de amigos no Valentino (pra variar) e resolvi ir de a pé por outros caminhos, e Turim não me deixou a desejar!

 

 

I giardini della Venaria Reale

Desde que voltei da viagem de Roma-Milão-Paris ouvi as meninas falando de um lugar maravilhoso e que elas queriam voltar de qualquer jeito, mil vezes se fosse possível. Depois, minha professora de italiano também comentou em alguma aula que era um ótimo passeio para se fazer. Chegou domingo, eu não tinha nada pra fazer, o pessoal foi pra um outlet perto de Milão, aí resolvi dar um pulo lá: a Reggia di Venaria Reale!

Não fica em Torino e sim na comune  de Venaria Reale, e o complexo é comparado à Versailles, França. Projetado pelo arquiteto Amadeo di Castellamonte, num terreno de 80 mil metros quadrados. A ideia inicial do projeto era um palácio para a esposa do Duque Carlos Emanuel I, este comprou duas aldeias pequenas da região e foi batizado como "La Venaria" por se destinar aos laseres venatórios.
Sobre a estrutura do complexo: a entrada se dá por um portal e logo depois uma grande fonte. A fachada principal é de tijolinhos delimitando a parte seiscentisca (Amadeu Castellamonte) da setecentista (Michelangero Garove) com telhados à Mansart e telhas coloridas. Seu interior é um museu que abriga pinturas e estátuas de vários artistas. O segundo arquiteto faleceu e a parte da Grande Galeria foi continuada por Filippo Juvarra, juntamente com a Igreja de Santo Humberto. E por fim, os jardins, que dos originais só restaram os desenhos e o que existe hoje é fruto de trabalhos recentes: canteiros coloridos de flores, pergolados modernos com estruturas que me apaixonaram, muitas fontes, árvores coloridas (oi, outono), banquinhos, uma espécie de laguinho, esculturas, pomar de maçãs... E você ainda encontra alguns animais aproveitando o paraíso particular deles :3

Eu visitei só os jardins e ainda quero voltar pra conhecer a construção por dentro. Mas foi muito bom ter ido sozinha, o parque estava razoavelmente vazio, aproveitei pra fazer um momento reflexão da vida, respirar o ar puro, escutar os passarinhos e contemplar a paisagem coberta por uma névoazinha perceptível nas fotos que deixou o dia com uma atmosfera de tranquilidade. Depois dei uma andada pela cidade que estava em festa :D


Vista de Torino a noite no museu do cinema

Desde a criação da cidade de Torino foi desejada a construção de templo hebraico, mas só foi possível no século XIX quando a Igreja católica liberou o culto a outras religiões. O projeto da Mole (lê-se môle) foi iniciado em 1863 pelo arquiteto Alessandro Antonelli.
Seu projeto inicial foi modificado pelo arquiteto, ele é o responsável pelo cartão postal de Torino ser também a maior construção em alvenaria da Europa, com seus 167 metros de altura. Antonelli não chegou a vê-la terminada, mas sob comando de seu filho foi concluída em 1897 e decorada por Annibale Rigotti em meados de 1905.

A história do atual museu do cinema italiano é bem dramática: Tão logo foi construída teve problemas estruturais e o terreno era duvidoso de aguentá-la, depois passou por dois tornados e um terremoto e nessas reformas o projeto foi novamente modificado, os materiais foram trocados por outros mais resistentes, até o enfeite da sua extremidade é outro. Mas não deixa de linda e muito visitada por todos.

A semana passada foi bem cultural, todos os museus estavam baratíssimos e ainda teve a Notte Blu, quando os ministros da cultura estavam aqui e os museus estavam abertos até a meia noite, gratuitamente. Eu queria ter aproveitado mais, mas as aulas de italiano estavam bem pesadas e só consegui visitar a Mole mesmo, durante a noite especial. Claaaaro que a fila estava gigantesca, mas valeu a pena! As fotos não ficaram tão boas assim porque minha máquina é tímida a noite, mas eu prometo voltar lá de dia e tirar melhores! Por enquanto, é isso que tenho:

 

domingo, 28 de setembro de 2014

Villa Genero

O Parco da Villa Genero foi doado a Turim em 1888 pela viúva do cavaleiro Felice Genero: um espaço de 39 mil metros quadrados de mirantes e flora que oferecem uma vista incrível da cidade e dos Alpes. O parco é um pouco acima da Villa Regina, mas seu acesso é fácil pela única estrada íngreme do local. Na entrada tem um portal decorado, mas hoje o espaço está praticamente abandonado e estado de depredação, houveram muitos atos de vandalismo e roubo de estátuas, as árvores precisam de poda e algumas chegam a estar doentes, oferecendo perigo aos visitantes. Mesmo com pedidos de intervenção drástica para a prefeitura, o governo respondeu que não há possibilidade de reparos por falta de dinheiro... Uma pena, pois o lugar é maravilhoso e merece atenção e cuidados especiais para continuar recebendo visitantes, sem perigo.

Fomos numa turma grande visitá-lo e acabamos encontrando sem querer, pois o destino era a Villa Regina, que estava fechada. Fomos seguindo a estrada, passamos por uma clínica de recuperação (no meio do nada) e o caminho cada vez mais íngreme, quase desistimos.. Mas ao chegar lá em cima, a vista compensou qualquer frustração do caminho:


sábado, 27 de setembro de 2014

Valentino... Ah, o Valentino

To pensando aqui... Acho que o que mais terá é post do Valentino, o lugar mais maravilhoso de Torino, que eu tenho vontade de ir de manhãzinha só pra ver, ir de tarde para fazer minha série de exercícios, de noite pra ver a lua no Fiume Po (mas essa parte é meio difícil porque perigo tem em todo lugar, né), na chuva, no sol, sozinha, com amigos, para ler, para andar com a Tetânica, ver as estações mudarem a tonalidade das árvores e estou absolutamente louca para vê-lo na neve!

E hoje o tema é "chuva", não tem muito o que falar, mas tem muitas fotos:

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Guia para deixar o cabelo e pele lindos na Europa

É muito comum as meninas levarem um susto com a mudança na pele e no estado de cabelo assim que chegam na Europa: o cabelo fica mais duro, parece que lavar não é suficiente para tirar a sujeira, perde o brilho, as que tem tintura sentem uma diferença na cor, até a textura muda! Quando eu cheguei, estava com franjão e ele parava em qualquer lugar que eu colocasse, inclusive pra cima... A pele não fica muito atrás, fica mais seca, mais áspera e para as mais azaradas como eu, a acne aumenta! Se você reparar, as europeias tem um cabelo "feio", parece que não lavam ou que nunca fizeram uma hidratação na vida, mas é simplesmente o efeito da água: se eu em duas lavagens senti diferença, imagina uma vida toda? 

Tá, já falei bastante mal... Mas o que acontece? 
A água é mais "dura" e alcalina, contém muito calcário que se acumula nos poros e não saem meeesmo (também em máquinas de lavar, máquina de café, etc), inclusive, quanto mais lavar, pior é. Mas não é necessário cortar como muita gente faz, tem um tratamento caseiro que devolve a vida pros seus cabelos (yeeah!)

As informações eu tirei do blog Art de Viv, que eu segui e deu super certo!
Se chama quelamento, ou seja, usar produtos que possuem componentes capazes de remorar esses minerais: Desodium EDTA; tetrasodium EDTA; Acido Cítrico e Trisodium Citrate.

Como eu faço:
A limpeza: misturo suco de limão (ácido cítrico) no shampoo mesmo e faço uma primeira lavagem, massageando bem o cabelo da raiz até as pontas, deixando agir por alguns minutinhos. Faço essa limpeza sempre que sinto o cabelo ficar pesado, umas duas vezes no mês.
A lavagem: uso o shampoo com Desodium EDTA (da marca Klorane, que é mais carinho. Também uso Pantene com o EDTA, que é mais em conta), enxáguo normal.
A hidratação: Uso o condicionador da Pantene na maioria dos dias e uma vez por semana uso um creme de manteiga de Karite (da marca Kelemata).
Prontinho, seu cabelo lindo de volta :D

Para a pele, use algum sabonete e um creme hidratante que tenha o EDTA também (eu uso Dove mesmo). Para espinhas, a Alexia indica usar uma pastinha de manteiga de Karite com Oleo de côco puro, mas eu não encontrei esses produtos aqui ainda, então não tenho passado nada, só limpeza normal durante o dia (não tá ajudando muito não...)

Espero que ajude mais alguém que ficou surpresa com o choque da mudança,
Beijos

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Turim, voltei!

Teve bastante coisa nova aqui em Turim desde que eu voltei da viagem: minha mãe foi embora, a quarta integrante da nossa casa chegou, conheci um monte de gente linda e fizemos um "grupinho" pra lá de gente boa cheio de manias de todas as partes do Brasilzão, encontramos comida brasileira ThanksGod, comi o melhor gelato, conheci alguns pontos turísticos da cidade, comprei quase tudo que eu preciso pra sobreviver na neve, comecei a tentar ser uma pessoa fitness pra sobreviver as massas, comprei uma sombrinha amarela, consegui encontrar o segredo pra manter cabelos e pele saudáveis aqui nesse calcário líquido, conheci os dois campus da minha nova provisória faculdade, fiz minha carteirinha e sou oficialmente una studantessa, e agora as coisas já estão todas em ordem pra começar a nova rotina e estou muito feliz e animada pra realizar esse sonho, apesar da saudade da minha família, do meu namorado e de alguns amigos estar batendo tão forte que eu choro quase todo dia no banho. Pra ser perfeito, só trazendo alguns desses meus tesouros na mala.



Mas aí vai um apanhado de tudo que aconteceu nesses últimos dias:


segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Paris por meus olhos

Paris acabooou... 
Minha vida de turista na cidade luz chegou ao fim e vamos às minhas impressões! Mas já aviso antes: aquela história de que Paris é linda, esqueça....

                 

Ela é fantástica, apesar de todo o marketing!

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Catedral Notre Dame e Centro Pompidou

Chegamos no nosso último dia de turistas por aqui, fechando com chave de ouro: Notre Dame! Eu estava louca pra conhecer essa catedral, acho que mais do que a Torre... Como pode um lugar tão fantástico de 850 anos estar ali ainda tão linda? Eu sei que existem outras construções muuuuito mais antigas, mas essa tem um valor sentimental, foi palco de uma história de amor fictício e no momento, histórias de amor estão mexendo com meu psicológico. Ao lado da parte de trás da catedral está a ponte com os cadeados do amor, a primeira ponte metálica de Paris em que os casais colocam cadeados com as suas iniciais. Segundo reza a lenda, o casal que colocar o cadeado com as iniciais e jogar a chave no rio Sena terá amor eterno ♥.♥ Mas nesse mundo de desacreditados no amor, os cadeados estão para ser retirados veja aqui /:

A construção da catedral começou em 1163 onde havia outra igreja e terminou em 1334, em estilo gótico francês e virou o símbolo do catolicismo parisiense. Possui 35m de altura, 48m de largura e 130m de profundidade expondo uma infinidade de detalhes, obras de arte, vitrais, quadros e pinturas realizadas em quase 2 séculos! A entrada é gratuita para conhecer o interior escuro da igreja, mas paga-se pra entrar no museu do tesouro e pra ter a visão do Quasímodo.
A igreja foi palco de muitos eventos: coroação de Napoleão, beatificação de Joana D'Arc, é onde está o relicário da coroa de espinhos de Jesus e por ser tão importante, foi inspiração para Victor Hugo escrever sua grande obra, O Corcunda de Notre Dame! ♥ 


Do Arco do Triunfo ao Jardim das Tulherias

Nosso terceiro dia em Paris! Dividimos os passeios por lado do Sena, e neste dia foi a vez do lado direito. Descemos no Arco do Triunfo, demos uma olhadinha mas não subimos, apesar de que ouvi dizer que a vista é bonita. Acho que na verdade, toda vista do alto é bonita, mas como subimos na Torre e a ideia era subir na Notre Dame, deixamos o Arco de lado... Seguindo pela famosa Champs Elyseès, passamos por várias construções (que são museus na maioria) até chegar no Jardin des Tuileries que fica bem em frente ao Louvre. Sobre o passeio ao Grande Museu, leia aqui (:

Arco do Triunfo
Os planos para a construção do arco são de 1806, para comemorar as vitórias de Napoleão, mas foi terminado só 30 anos depois. O ponto turístico tem 50m de altura e está representando 128 batalhas de conquistas napoleônicas. Um diferencial desse arco em relação a todos os outros que eu visitei, é que ele se tornou um símbolo militar também, pois é um túmulo ao Soldado Desconhecido desde 1921 e próximo a ele está a Chama da Memória queimando desde 1923. O seu tamanho ornamental e localização privilegiada é devido a humildade de Napoleão... A partir dele irradiam 12 avenidas, formando uma estrela com o arco bem no meio. A vista lá de cima permite ver o horizonte parisiense com a famosa Torre, além de ser mais barato, então compensa muito a sua subida de 254 degraus, na minha opinião, eu não subi porque por ser a minha primeira vez na cidade, preferi a Torre e não tinha tempo pra ficar subindo em todos os monumentos /:
Champs Elyseès
A famosa avenida tem cerca de 2km que ligam o Arco à Place de la Concorde, toda arborizada e abrigando as finíssimas lojas de grife. Ela foi a primeira a avenida a ser asfaltada no MUNDO, e aconteceu em 1824! Mais curiosidades e informações inclusive sobre as lojas dela, você encontra no site oficial: www.champselysees.org
Jardim das Tulherias
O parque foi criado no século XIV para decorar o Palácio das Tulherias, que primeiramente era no estilo italiano e em 1664 se tornou um jardim no estilo francês; formal e simétrico, cheio de esculturas. Dentro dele existem dois museus de arte contemporânea, o Museè de l'Orangerie e o Jeu de Paume. As pessoas utilizam muito espaço pra correr e fazer exercícios e para descansar, tomar sorvete, ver a vida passar...


terça-feira, 9 de setembro de 2014

Il grand Louvre

O Louvre existe desde 1200, quando Filippo Augusto construiu uma fortaleza perto do rio. A fortaleza não era para sua moradia, e sim para guardar seus tesouros e arquivos importantes. Ele sofreu alterações para se transformar num palácio posteriormente, mas na sala das Cariátides ainda é possível ver suas fundações originais. Muitos anos mais tarde a fortaleza militar medieval se tornou um centro dedicado à cultura. O atual museu se divide em três principais alas: Leste (ala sully) que apresenta as partes mais antigas do edifício, inclusive a Cour Careè; Norte (ala richelieu) e a Sul (ala denon), que é paralela ao Rio Sena.
A pirâmide central foi incorporada ao projeto em 1983, quando François Mitterrand propôs o Grand Louvre: renovação do edifício antigo, transferir o Ministério da Fazenda, de forma que toda a construção pudesse ser visitada. O arquiteto da pirâmide de vidro foi o I.M. Pei, conferindo-lhe 21m de altura e 200t de vidro. A pirâmide invertida foi construída apenas na segunda fase do projeto, em 1993.
Coleções
É GIGANTE! Até cansativo de visitá-lo num dia todo, muitos itens, muita história,  muitos departamentos divididos em 4 andares... e tudo fantástico. Só de pinturas, tem quase 12 mil peças. Tem salas de antiguidades egípcias, do oriente próximo (países do Leste Europeu), arte romana, grega e etrusca, arte islâmica, itens decorativos, gravuras, desenhos, esculturas...

Quem vai a Paris tem que visitá-lo! Presença obrigatória! Além de ser um dos maiores e mais famosos museus do planeta, é incrível tanto por dentro como por fora, sua arquitetura é convidativa, tem um jardim lindo, está bem no meio da cidade luz, ao ladinho do Sena, a vista é muito linda, incluindo o Carossel do Louvre (que é um arco)... Seu interior te faz viajar em séculos de história, mas exige disposição e atenção!
O site oficial é http://www.louvre.fr/ com horários de funcionamento, preços e outras informações. É possível alugar um guia (eletrônico) que não tem em português, mas tem inglês e espanhol... Com ele você escuta informações sobre as obras e as salas, e custa só 5€, além de que te ajuda a não se perder (:

Finalmente, conheça a casa da Mona:

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

La Medaille Miraculeuse

Minha mãe é devota de Nossa Senhora das Graças e tinha o sonho de conhecer a capela em Paris, então lá fomos nós atrás da pequena igrejinha na Rue Du Bac que destoa totalmente das conhecidas Notre Dame ou Montmartre em sua simplicidade, que pode até passar despercebida, como eles mesmos dizem "uma verdadeira gruta no coração de Paris". Segundo constava, teria um grupo brasileiro visitando (mas foi remarcado), então só conhecemos o lugar e minha mãe ficou satisfeita pela viagem toda, acho. (;
Você será bem recebido por um grupo de Irmãs simpáticas que até arriscam outro idioma, tem salas para conversar com o Sacerdote, encomendar missas, uma lojinha com itens religiosos e ainda uma para benzer suas medalhas e terços.

Conta-se que a Virgem Maria em 1830 neste mesmo lugar, a uma das Filhas da Caridade para oferecer ao mundo uma medalha. As primeiras foram distribuídas na epidemia de Cólera em Paris, quando as curas multiplicaram-se. A medalha passou a ser vista como sinal de proteção e conversão e chamada de "milagrosa". As suas aparições, histórias e outras informações tem no site, já traduzido pro português!

Bonjour, Paris

Paris é a principal cidade da França e sua história é muito rica em detalhes. O que se sabe sobre a Antiguidade é que o primeiro povoado de pescadores surgiu nas margens do lado esquerdo do Rio Sena. Quando os romanos a tomaram povoaram o outro lado do rio e só na época de Luís XIV que aconteceram os marcos mais importantes como a Tomada da Bastilha. Depois veio Napoleão com o golpe de Estado e fez Paris sofrer algumas modificações urbanísticas, alguns prédios mais antigos foram derrubados para modernos terem sua vez no horizonte francês, e durante a segunda metade do século XIX a cidade passou a chamar mais atenção para a Europa, sendo palco de inúmeras exposições e eventos artísticos. Em 1940 foi tomada pelo exército nazi e só foi devolvida aos parisienses anos depois.

Em 1889 a Torre Eiffel foi erguida para a Exposição Universal. Eram os anos da Revolução Industrial, de progresso, de conquistas científicas e com a arquitetura não poderia ser diferente: utilização de vidro e ferro, para que o edifício pudesse ser construído mais rapidamente, ser mais dinâmico e representar a modernidade. Assim, o arquiteto Eiffel foi designado a construir um monumento metálico que triunfasse perante todos os outros monumentos da cidade. Com 320m, 7000 toneladas resultantes de 15000 pedaços metálicos soldados entre si, apoiadas em quatro pés de pilares de cimento, a famosa Torre "apareceu" deslumbrante. Mas tinha data para ser desmontada: 1909, 20 anos depois. Só não foi demolida pelo seu valor como antena de transmissão de rádio, viva!

No nosso primeiro dia em Paris não fomos pro "centro" da cidade por ser muito longe (uns 10 minutos pra mais de metrô) do hotel. Mas no segundo fomos direto conhecer o símbolo universal da cidade e a encontramos meio de surpresa! Passamos por vários edifícios grandes, famosos e lindos (que a maioria é museu) mas não entramos em nenhum. 
E já adiantando, não encontramos aquela Paris dos filmes, com músicas nas pontes, casais exalando amor em todas as partes, aquelas mulheres super bem vestidas e maquiadas fazendo biquinho, não tá? O pessoal é bem "bairrista", muitas vezes grosseiros, dificilmente falam inglês (salvo exceções que encontramos), é caaaara (pense num expresso de 8€) e tem negro, mulato, branco, ruivo, loiro... Todos 100% franceses e que nem sempre são glamurosos. Mas é muito bonita e muito grande, prepare as pernotas (e mais dias) se quiser conhecer os pontos turísticos andando e divirta-se sempre!

                              
Mal descemos da Torre ela acendeu, toda linda

Milano

Por causa do preço das passagens, fizemos uma escala de um dia inteiro em Milão. A cidade é a maior e mais populosa da Itália, bem conhecida por ser "a capital da moda" e seu glamour. É uma cidade desenvolvida, muito movimentada e com muitos edifícios.
Mas nossa chegada já não foi das melhores: tentamos deixar a mala num "porta bagagem" da estação central e o atendente (super grosso é pouco) não quis aceitar porque a bagagem tinha mais de 40kg (aham, eu ia estar carregando quase 72% do meu peso bem de boa) sem nem ao menos ter uma balança ali. Então ficar andando de metrô e depois naquelas calçadinhas bem propícias para mala de rodinhas, além de ser um chamariz para assaltos, não foi das melhores experiências.
Mas pelo que eu li e ouvi das pessoas que passaram um tempo em Milão, conheci tudo que um turista pode fazer lá: Duomo- Galeria Vittorio Emanuele II - Teatro Scalla - Castelo Sforzesco - Via Dante - Arco della Pace, ou seja, não precisa de mais de 24h em Milão para conhecer seus principais pontos turísticos, até porque eles são praticamente em linha reta. (Me desculpem os adoradores de Milano, mas foi o que eu achei da cidade, qualquer opinião contrária também é bem vinda).


quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Arrivederci, Roma!

Eu gosto de fazer um "top 10" com coisas boas e ruins das cidades que eu visito, mas eu não conseguiria fazer o de Roma porque eu amei tudo na cidade, então só vou expor minhas impressões e dar algumas dicas pra quem visitá-la (;

                     

Fechando as piazzas de Roma

Nossa mini jornada em Roma chegou ao fim, e orgulhosamente conhecemos praticamente todos os pontos turísticos da cidade, a pé! No mesmo dia da Villa Borghese e da S. Maria Maggiore vimos as praças que estavam faltando: Piazza di Spagna, Piazza della Repúbblica, Palazzio Margherita, Castelo di S. Ângelo, Campo di Fiori, Piazzale Ostiense e Piazza Navona! 

Harley, Ferrari e Masserati na mesma quadra. Oi, Roma.

Villa Borghese e Santa Maria Maggiore

Roma tá quaase no fim! 
Fomos conhecer os jardins da Villa Borghese, uma visita diferente de todas as outras por aqui: tem verde! A Villa em si é uma casa (de "veraneio" para guardar a coleção de arte) da família Borghese e hoje é uma galeria, mas o parque no todo é o segundo maior de Roma (o primeiro é a Villa Doria Pamphili) e possui inúmeros jardins menores, estátuas, fontes, outras construções com atrações diversas (tem até um zoológico). Muita gente vai lá pra descansar, tomar sol e praticar esportes, mas é tão grande que você não percebe a quantidade de gente. É tão gostoso estar lá (ouvindo as cigarras ou os músicos locais) que você caminha muito e não sente (só no fim seu pé avisa que tá doendo)!


Depois fomos até a Basílica Santa Maria Maggiore, do outro lado da cidade. É famosa por ser a igreja mais antiga dedicada à Virgem Maria. É uma das mais adornadas de toda a cidade, extremamente rica em detalhes e tem um diferencial: um relicário dedicado ao menino Jesus, abaixo do altar central. É mais fácil chegar lá de metrô pela linha B - Cavour e andar um pouco até ela, você chega numa grande escadaria e provavelmente vai estar fechada, porque é a parte de trás da igreja, dando a volta logo se vê a praça e a fachada principal aberta a visitação (:

                      

Vaticano

O Vaticano é onde se encontra a sede da Igreja Católica, uma cidade-Estado delimitada por uma muralha dentro de Roma, IT, com aproximadamente 42 hectares. Independente de sua religião, acho um magnifíco local para se visitar na sua viagem à Roma, não sou católica "ativa" mas ver toda aquela arquitetura me emocionou tanto quanto minha mãe ficou emocionada pela sua fé, então acho que sempre vale a pena. 
Passamos lá 3 vezes nos nossos quatro dias romanos: no primeiro dia a noite (fotos aqui), que só visitamos a praça mesmo; no segundo dia de manhã fomos conhecer a Basílica de São Pedro e no terceiro, a Capela Sistina e os Museus do Vaticano. 

Acontece que no segundo dia encontramos o Papa Francisco sem saber que estaria lá, e estava falando português para um grupo do Rio Grande do Sul que estava ali presente, e olha que nem tinha uma multidão de gente como eu pensaria que teria com a presença dele. Não sei se por causa dele ou por causa de casamentos conjuntos que estavam acontecendo, tivemos que ficar duas horas numa fila com o Sol rachando pra poder entrar na Basílica (é gratuita). A Basílica é o maior projeto arquitetônico da sua época sendo fundada em 324 por Constantino, preservada pelo Patrimônio Mundial da Humanidade e não é a única basílica patriarcal (tem mais três), mas sua cúpula atrai atenções ao horizonte de Roma e pela sua localização na Praça de São Pedro. Dentro da basílica há obras de arte de Bernini e Michelangelo (entre outros), a Pietà original, o túmulo do apóstolo Pedro e de João Paulo II, o baldaquino também de Bernini e tudo o mais lá dentro é superlativo, do teto ao piso. A famosa cúpula foi trabalhada por Michelangelo, mas só foi finalizada após sua morte, para conhece-la de perto é preciso pagar 6€ e subir 300 degraus.
A praça foi projetada por Bernini e tem a intenção de ser a porta de entrada para o pequeno Estado do Vaticano. A ideia é uma forma de elipse com quatro fileiras de colunatas dóricas com espaço para os pedestres. No centro há um obelisco trazido do antigo Egito e data o século I e tem mais de 40m de altura. E bem em frente à Basílica, a praça tem formato trapeizodal dando a impressão de amplidão da fachada.

Essa foto representa a forma de abraço, a forma trapezoidal, mostra a Basílica e o obelisco. Fonte

No dia da Capela Sistina, combinamos com a moça do hotel pra ela reservar ingressos com uma visita guiada por 30€. O carro chegou na hora marcada, levou a gente pro museu, mas quando chegamos lá disseram que o nosso era outro passeio e pra entrarmos no grupo do museu tínhamos que pagar o dobro do valor. Desistimos deles, pedimos reembolso e fomos comprar ingressos por conta, aí já na longuíssima fila um cara nos ofereceu ingressos pelo valor que pagamos antes (30€) sem guias, mas "furava" a fila. Deu tudo certo, entramos e conhecemos os museus e a Capela Sistina. Tem museu de tudo: pintura etrusca; egípcia; tapeçaria dos séculos 15-17; um conjunto de quatro salas decoradas por Rafael, galeria dos mapas e outros incontáveis (e menores) salas históricas e etnológicas, além claro, da famosa Capela. É difícil postar fotos de tudo que tem lá dentro (tenho 408 só lá de dentro), e na Capela Sistina é proibido tirar fotos/filmar...
A Capela Sistina é famosa pelos seus afrescos, dentre eles "A criação de Adão" de Michelangelo, que muitas vezes tira a atenção de outras pinturas tão belas quanto (ou até mais, na nossa opinião) da época renascentista. Seu nome é uma homenagem ao Papa Sisto IV, que ordenou em 1475 a reforma da antiga capela. (Detalhes das principais pinturas da Capela Sistina aqui)


Foto da Capela Sistina por dentro

sábado, 30 de agosto de 2014

Piazza Venezia e Área Sacra

Acabamos meio sem querer encontrando essa piazza ao lado do Foro Traiano, no fim da Via del Corso, mas está entre os pontos turísticos mais procurados e importantes de Roma, então acabaríamos lá de qualquer forma. A praça em si é relativamente pequena, mas nela se encontra a primeira construção renascentista na Itália, o monumental Palácio Veneza, que deu nome à piazza e hoje é um grande museu. Bem na sua frente e chamando atenção tanto quanto, está o monumento a Vitorio Emanuelle II (primeiro rei da Itália e personagem principal da sua unificação), concluído em 1935. Dizem que é um monumento não muito querido pelos italianos e o chamam de "bolo de noiva" pela sua forma, mas eu a-do-rei, haha!
Apesar do prédio ser lindo, o local é caótico: é um ponto de cruzamento de automóveis que ziguezagueiam de todas as direções (e sinceramente acho que eles ganham pontos na carteira por tentar acertar pedestres desavisados), muita gente falando e andando por todos os lados, muito mais gente na escadaria do prédio posando pras fotos, ou simplesmente curtindo o local. A gente só passou, gostou, tirou foto e foi embora!

Estávamos indo em direção ao Pantheon quando encontramos outras ruínas, l'Area Sacra di Largo Argentina, chamado também só de "Área Sacra". Foi descoberto em 1926 e possui quatro templos denominados com ordem alfabética (A, B, C e D) da época da República Romana. O templo A é do séc III a.C. (dizem que se chama Templo de Juturna); o templo B é circular com 6 colunas que resistiram ao tempo e foi construído em 101 a.C.para celebrar a vitória contra os cimbos; o Templo C é o mais antigo dos quatro, do séc IV a.C.; e o Templo D é o maior deles e data o séc II a.C.
Apesar do nome, nada tem a ver com o país Argentina e sim com a cidade de Estraburgo, que era chamada de Argentorato. Em 1503, John Burckhardt ergueu um palácio com uma torre, a Torre Argentoratiana, herdando o nome da sua terra natal.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Pantheon e Piazza della Rotonda

Depois que terminamos as ruínas, fomos para o Pantheon, o único prédio do antigo Império que ainda está inteiro e perfeito, data 27 a.C.. Foi construído para ser o templo de todos os deuses, mas desde o séc VII pertence a Igreja católica e é a Igreja da Santa Maria e Todos os Santos, fato que permitiu não ser destruído. É também onde Rafaello, o rei Vitorio Emanuelle II e Annibale Caracci (entre outros) estão enterrados. É famoso por sua beleza interior e é difícil captar uma foto que a represente tão bem, sua imensa cúpula de 43m de diâmetro tem um óculo aberto que permite a iluminação natural e quando chove, a água escorre pelos drenos espalhados no pátio, dando outro espetáculo.
 

As ruínas da Roma Antiga - Foro Romano e Foro Troiano

Para terminar o complexo de ruínas, o não menos importante Foro Romano!
Por causa das depredações e dos terremotos quase nada sobrou, fiquei boquiaberta com algumas reconstruções de edifícios(como??). Achei a parte mais difícil de se imaginar, apesar dos séculos de história estarem bem ali na minha frente.
O fórum era um centro administrativo, político e jurídico da cidade da Roma, palco de encontros, palco de discussões e debates políticos, reuniões, mercado, eleições, discursos... Suas construções são de grande importância cultural e foram construídas gradualmente ao longo de vários séculos por ordens de Sila, Augusto e Júlio Cesar. A Via Sacra (que expliquei no início do caminho até o Palatino) liga-o com o Coliseu como um eixo.
Assim como no Palatino, muitas ruínas não tem placas indicativas, então fiz outro roteirinho, com as histórias dos edifícios e sua localização! (;


O Roteiro:

As ruínas da Roma Antiga - Palatino

Logo depois que saímos do Coliseu fomos em direção ao Palatino. Roma é dividida entre 7 colinas: Capitólio, Quirinale, Viminale, Esquilino, Célio, Aventino e Palatino. A cidade propriamente dita, situa-se a margem esquerda do rio Tibre, mas foi nas suas colinas que a Roma antiga se desenvolveu. O morro do Palatino tem esse nome derivado de Pales, deus dos pastores. Segundo a lenda da criação de Roma foi edificado aí a cidade quadrada de Rômulo:
A história começa com o nascimento de dois irmãos gêmeos, Remo e Romulo, filhos do Deus Marte com uma mortal descendente de Enéias, Reia Sílvia. Reia era filha do rei de Alba Longa e seu tio decidiu destronar o irmão e acabar com seus descendentes, como a mãe dos meninos não teve coragem de entregá-los a morte, colocou-os num cesto às margem do rio Tibre. Uma loba os encontrou e os amamentou até que um pastor, Fáustolo, os encontrou e criou até a idade adulta. Quando estavam preparados, voltaram a Alba Longa, mataram o tio-avô e reconduziram o avô Numitor ao trono. Também homenagearam a loba-mãe fundando uma cidade,  Roma, em 753 a.C. 
P.S.: anos depois Rômulo matou Remo e se tornou o primeiro Rei de Roma.

O Palatino faz parte do conjunto arqueológico mais relevante de Roma juntamente com o Coliseu e o Fórum Romano, com toda sua riqueza histórica. É história pura, as ruínas das gigantescas construções, embora não deem a exata noção de como era, te fazem viajar no tempo (esse ponto foi o único que se deixou a desejar: não tinha plaquinhas explicativas de todas as ruínas, passamos por algumas e não nos demos conta da imensidão e importância que tinham, nem o que eram).
Na época republicana, o Palatino era inteiro formado pelas Domus (as casas de famílias ricas), no Império Romano essas casas foram compradas e transformadas em grandes palácios. Pensando na precariedade de placas explicativas, criei um "roteiro" de exploração, identificando as ruínas para que possam diferenciá-las e entender seu significado!

O Roteiro:

terça-feira, 26 de agosto de 2014

As ruínas da Roma Antiga - Colosseo

Dizem que todos os caminhos nos levam à Roma. O ditado provém da sua época de maior glória, quando Roma era a maior cidade do mundo antigo, de onde saía toda a influência e para onde ia toda a riqueza e escravos. É impossível retratar algo dessa história incrível ou mesmo a energia deixada aqui em uma breve página do blog, mas ao se preparar para visitar esse lugar, relembre das suas aulas de história e se prepare: é de tirar o fôlego! Roma é para se conhecer andando pelas ruas, deixe o metrô pros passeios mais distantes, veja pelos olhos dos italianos, garanto que cada pedacinho dela vai te mostrar como é fascinante.

Hoje foi o dia de conhecer as ruínas! Saímos do hotel relativamente tarde para pegar o metrô (linha B - Colosseo) e minha preocupação era com a fila dos ingressos, que pra minha surpresa estava minúscula mesmo dentro do Coliseu, e em 5 minutos estávamos dentro do símbolo máximo do Império Romano.
*O ingresso é válido para o Coliseu+Foro e Palatino e custa 12€ válidos por 2 dias consecutivos, caso a fila esteja grande no Coliseu, vá até o Foro, onde costuma ser bem menor e rápida*


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