domingo, 24 de julho de 2016

Paquetá, a Ilha dos Amores


Inicialmente habitada por índios tamoios e descoberta em 1556 pelos portugueses, a Ilha de Paquetá é a mais famosa do arquipélago da baía de Guanabara, dona de uma tranquilidade bucólica há apenas 15km do agitado Rio de Janeiro!


A ilha é pequena, com apenas 7,5km de extensão, onde não são permitidos automóveis particulares. As ruas estreitas de saibro e coloridas pelos flamboyants são percorridas de charretes, cavalos, bicicletas e do meu jeito preferido, a pé. 

Apesar de ser pequenininha, teve grande importância política, era o local preferido de D. João VI para passar o verão, que a apelidou de Ilha dos Amores. José Bonifácio, o patrono na Independência, foi exilado na Ilha após romper com a corte, sua casa está intacta, porém não é aberta para visitação.
 
Casa de José Bonifácio

Também foi palco do romance A Moreninha de Joaquim Manoel de Macedo, que batizou uma prainha calma e de areia clarinha, além da pedra onde a Carolina esperava seu amado Augusto. Do alto da pedra é possível ter uma vista linda de parte da ilha e de outras próximas, como a Brocoió com a casa de verão do governador. 


Paquetá tem um acervo arquitetônico e paisagístico imenso e importante, com diversos bens tombados, entre eles a Maria Gorda, um baobá centenário com mais de 7m de circunferência, tombada em 1967. Diz a lenda que quem fizer carinho nela será recompensado com sorte eterna.


 

Além do baobá, outras diversas árvores lindas e chamativas enchem a ilha de alegria e cores, conferindo-lhe um caráter único. Andar entre elas, sentar na sombra e fazer piquenique é comum tanto entre os poucos moradores quanto entre os turistas. Porém, ao contrário do verde exuberante, as praias não são tão convidativas, as água não são limpas e na maioria dos pontos, nem a areia... Mesmo assim as pessoas entram e muitas crianças passam as tardes brincando nas prainhas e pracinhas próximas. 

 

Na praia José Bonifácio, a maior e mais movimentada, tem a Pedra dos Namorados e a Ponte da Saudade, que na verdade é pier construído pelo escravo João Saudade que ia todos os dias no mesmo local rezar para voltar a ver sua família na África.

Pedra dos namorados, diz a história que o casal deve jogar três pedras em direção ao topo, se ao menos uma ficar lá em cima, o amor será eterno.
 
Ponte da Saudade


Em direção ao outro lado da ilha, tem o Parque Darke de Mattos, cheio de árvores centenárias e mirantes com uma vista para o melhor do Rio de Janeiro, além das montanhas e das ilhas circundantes.

 
  



  


Para chegar: Na praça XV de Novembro, centro do Rio, procurar na estação das barcas onde sai para Paquetá (horários aqui). A travessia demora 1h de barca e cerca de 20minuos de catamarãs, e o bilhete custa R$5 ou R$3,50 o bilhete único. E o melhor é que o passeio já começa nessa travessia, passando bem próximo de outras ilhas, embaixo da ponte Rio-Niteroi e ver os ângulos cariocas que só se tem indo pra esses lados...



Apesar de não estar nos roteiros de quem passa pelo Rio com pouco tempo, recomendo passar meio dia nessa ilhota pouco divulgada, mas com grandes paisagens e ares diferentes da capital! O mapa da ilha você pode ver  aqui!


Um beijo!
---
 PS: Minhas fotos foram tiradas com o Moto X câmera de 10Mp, e não possuem filtro nenhum. Sou fã de fotografia e gosto de ver os resultados como eles saem da máquina, aproveitando o máximo que ela pode me oferecer! 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Hey! Obrigada por seu comentário!

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...